Como visitar o Museu de Auschwitz na Polônia
Como gosto muito de conhecer lugares históricos e como iria passar por Cracóvia na Polônia, junto com meu grupo de estágio, não poderia deixar de visitar o Museu Nacional Auschwitz-Birkenau, que, afinal, foi o maior campo de concentração nazista na Segunda Guerra Mundial.
A Polônia foi um dos países que mais sofreram na Segunda Guerra Mundial e o Museu de Auschwitz fica a cerca de uma hora e meia do centro de Cracóvia, na cidade de Oświęcim, sendo considerado Patrimônio Mundial da UNESCO.
Como chegar até o Museu de Auschwitz
Para chegar até Auschwitz, fomos de trem até Oswiecim, partindo da estação central de Cracóvia, achando que esse era o método mais fácil. Só que, de Oswiecim, tivemos que caminhar cerca de 20 minutos até a entrada do museu.
A outra opção, mais fácil, é ir de ônibus!. A passagem para Auschwitz é vendida na estação de trem no centro de Cracóvia (Dworzec MDA). Você pode comprar ida e volta, e o ponto de partida é ao lado da estação, a cada 40 minutos. O ônibus para no museu, e só descobrimos isso em Oświęcim!
O Museu tem entrada gratuita
As visitas são gratuitas, se não forem guiadas. Entretanto, caso queira um guia, existe tours em diversas línguas (menos em português, o mais próximo é em espanhol; mas também em inglês, para quem domina o idioma). O tempo de visitação com guia pode ser de 3,5h ou de 6h.
Tanto as visitas sem guia como as guiadas devem ser reservadas pelo site do museu (https://visit.auschwitz.org/), o que irá gerar um ingresso e que você apresentará no horário marcado na entrada do museu de Auschwitz. Escolhi a visita sem guia, reservei 1 semana antes e apresentei o ingresso pelo celular.
Um ponto bem importante é que, para entrar no museu, é feito uma revista. Desse modo não é permitida a entrada com as bolsas que apresentem mais de 30x20x10cm. Assim, como eu estava com uma bolsa que passou uns 2 cm, tive que deixá-la no guarda volumes que fica ao lado da entrada.
Eles também não recomendam que crianças abaixo de 14 anos visitem o Memorial. Acredito que essa recomendação é porque a criança pode ficar impressionada com algumas imagens de sofrimento.
O Museu de Auschwitz
Museu de Auschwitz foi fundado em julho de 1947, com o nome de Museu Nacional Oświęcim-Brzezinka, após um movimento de preservação da memória das vítimas de Auschwitz e alguns meses após o fim da Segunda Guerra Mundial. O nome do museu foi alterado para Museu Nacional Auschwitz-Birkenau em 1990.
Auschwitz foi o nome alemão dado a cidade polonesa de Oświęcim, assim como Brzezinka foi alterado para Birkenau durante a ocupação alemã. O complexo do Museu Nacional Auschwitz-Birkenau compreende dois campos de concentração: Auschwitz I e Auschwitz II-Birkenau.
Auschwitz I
Após passar pela revista, tivemos acesso a Auschwitz I, onde há aquele famoso portão com a frase “Arbeit macht frei” (“O trabalho liberta”). Frase um tanto irônica, já que os prisioneiros era escravizados e posteriormente exterminados.
No campo há cerca de 30 prédios que trazem parte da história da invasão alemã à Polônia, tais como as acomodações, tanto dos alemães como dos prisioneiros, diversas exposições de fotos que demonstram o dia a dia nos campo de concentração e documentos e pertences que foram encontrados no local após a libertação dos prisioneiros.
Há enormes salas repletas de objetos, como mais de 80 mil sapatos; 3,8 mil maletas, cerca de 40 kg de óculos; 460 unidades de próteses, 570 unidades de roupas de campo, entre outros. Foi quando vi esse monte de objetos pessoais que fiquei em choque! Pois ali tive a real e ainda pequena noção da quantidade de inocentes que sofreram e morreram nestes campos de concentração.
Auschwitz II
A visita em Auschwitz I durou cerca de 1 hora e meia, sem guia. Para ir a Auschwitz II-Birkenau pegamos um ônibus fornecido pelo próprio museu na entrada do complexo. Tivemos a sorte de o ônibus sair assim que entramos, pois a partida é a cada 30 minutos. A viagem foi breve, cerca de 5 minutos e como já estava no final do dia, a visita em Auschwitz II foi um pouco rápida.
É em Auschwitz II que está localizado a estação de trem onde eram recebidos os prisioneiros. Também foi o local onde foram construídos as câmaras de gás e o crematório. O terreno de Auschwitz II é bem grande, no entanto a maioria dos prédios foi destruída pelos alemães na tentativa de eliminar provas.
A estação ferroviária é a porta de entrada. Ainda tem um vagão de transporte de prisioneiros estacionado ali.
Em ambos os complexos existem lojas que vendem artigos do local, principalmente livros. Por fim, acabei comprando um livro fininho que custa 15 zlots. Ele traz a história dos campos de concentração, como tornou-se um museu, como é mantido e também as pesquisas que são realizadas ali.
Infelizmente muitos prisioneiros ainda não foram identificados, pois os documentos foram destruídos. Entretanto, aos que foram identificados, o museu fornece e recolhe informações de ex-prisioneiros.
Vale a pena?
Para mim, foi uma lição de história e de vida. É uma local de reflexão, e por isso não achei respeitoso tirar muitas fotos. Recomendo que, se um dia for a Cracóvia na Polônia, dar uma esticadinha até Oświęcim e visitar o Museu de Auschwitz-Birkenau. Acima de tudo, vale a pena para entendermos a história e aprendermos a não repeti-la.
Para mais informações visite o site (em inglês): http://auschwitz.org/en/
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